Citações das notas de programa do excelente exame final, que ouvi e vi na passada 2ª, de um grande compositor e amigo. Carlos Iturralde.
"Negation is no more possible than affirmation. It is absurd to say that something is absurd. That's still a value judgement. It is impossible to protest, and equally impossible to assent." (hence my not giving a damn about God)
"You have to work in an area where there are no possible pronouns or solutions, or reactions, or standpoints - that's what makes it so diabolically difficult" (I think we, musicians, had already had a glimpse of this evidence but it's conforting to read it like this, so bluntly expressed!)
"One does not have to look for distress. It is screaming at you" (Concordo e confesso que estou um pouco farto de, por exemplo, apenas alegria, equilibrio e proporcionalidade nas produções/criações artísticas... e blogs também, porque não?)
(todas as citações são de Samuel Beckett)
Bio-yeur
Voyageur
Voyeur
sexta-feira, setembro 29, 2006
Crenças
Há dias a minha querida amiga Luciana, numa tarde de enorme produtividade modorrenta e num rasgo de génio, definiu na perfeição as suas crenças religiosas, e eu concordo e assino por baixo.
"You know, maybe there is a God, but... I couldn't care less! I'm a good person, I love my neighbours and all that, so if He exists I'm sure He won't punish me for not giving a damn about Him!"
Nunca me dei ao trabalho de esclarecer a minha posição religiosa. Respeito as crenças dos outros, mas sinceramente tenho melhores coisas que fazer com o meu tempo do que defenir as minhas orientações da fé. Acho que não sou ateu porque nem sequer me dei ao trabalho de NÃO acreditar em Deus!! Como disse a Lu: "I really couldn't care less"!
Frases soltas (não merecem um post só pra elas)
- os meus comentários nos blogs dos outros são uma espécie de associação livre de ideias, leio, vejo, escrevo, não penso, é o que sai!
- Nico, tenta escrever assim: livre associação de ideias, e vê o que sai.
- Banda sonora: Muffat (cortesia do blog do 0.0). Que música incrível que falta na minha discografia. É é obviamente uma gravação ao vivo, muitas notas desafinadas, mas interpretação incrível!!! (Carolina, vai lá à procura das sontas para violino do senhor!!)
- Este é o meu post 69...
- Vou estudar que é para isso que tou neste godforsaken país
"You know, maybe there is a God, but... I couldn't care less! I'm a good person, I love my neighbours and all that, so if He exists I'm sure He won't punish me for not giving a damn about Him!"
Nunca me dei ao trabalho de esclarecer a minha posição religiosa. Respeito as crenças dos outros, mas sinceramente tenho melhores coisas que fazer com o meu tempo do que defenir as minhas orientações da fé. Acho que não sou ateu porque nem sequer me dei ao trabalho de NÃO acreditar em Deus!! Como disse a Lu: "I really couldn't care less"!
Frases soltas (não merecem um post só pra elas)
- os meus comentários nos blogs dos outros são uma espécie de associação livre de ideias, leio, vejo, escrevo, não penso, é o que sai!
- Nico, tenta escrever assim: livre associação de ideias, e vê o que sai.
- Banda sonora: Muffat (cortesia do blog do 0.0). Que música incrível que falta na minha discografia. É é obviamente uma gravação ao vivo, muitas notas desafinadas, mas interpretação incrível!!! (Carolina, vai lá à procura das sontas para violino do senhor!!)
- Este é o meu post 69...
- Vou estudar que é para isso que tou neste godforsaken país
Maturidade. Amor. Perdão
"... só a maturidade e o amor viabilizam o perdão (?)"
Eu amo
Tu amas
Ela ama
Nós amamos
Vós amais
Eles amam
O mundo está perdoado (se tiver a maturidade suficiente para isso)
Eu amo
Tu amas
Ela ama
Nós amamos
Vós amais
Eles amam
O mundo está perdoado (se tiver a maturidade suficiente para isso)
d'algibeira
"(...) o quadro doméstico amarra-nos às pessoas que somos na vida quotidiana, mas que poderão muito bem não convir à essência do que somos."
com uma caligrafia distorcida.
num quadro caótico.
à beira de qualquer coisa de mau.
e se me deixasse cair? será que depois me levantava?
com uma caligrafia distorcida.
num quadro caótico.
à beira de qualquer coisa de mau.
e se me deixasse cair? será que depois me levantava?
domingo, setembro 24, 2006
Epílogo e Post Scriptum (post 6)
Ainda tinha mais coisas pra escrever, mais posts para celebrar o aniversário do blog, mas se calhar ainda bem que não o fiz! Estava a ficar maçudo!! Além disso estava cansado, assim como um citrino bem espremido e que já tem pouco sumo, tinha já poucas palavras pra escrever, embora ainda muitas ideias!
Era já tarde e a vida lá fora - aquela que parece mais real, onde as pessoas são de carne e osso e as palavras não são só escritas mas têm som - chamou por mim. E eu fui!
Fui para Amesterdão e aqui estou, a fechar as comemorãções do 1º aniversário, espero que tenham gostado da festa e que contem aos amigos pra ela se poder repetir!
O P.s. é só porque, o pior de escrever tantos textos (e tão longos), é que depois eles aparecem pela ordem inversa pela qual foram escritos e às vezes segundo a qual faz mais sentido lê-los. Leiam como quiserem, mas leiam e comentem... se quiserem sigam a ordem (para isso escrevi post 1, 2, 3, 4, 5, 6), se preferirem sigam a desordem, a anarquia, ou criem a vossa própria! Como queiram.
Até já, vou ali viver mais um bocado!
Era já tarde e a vida lá fora - aquela que parece mais real, onde as pessoas são de carne e osso e as palavras não são só escritas mas têm som - chamou por mim. E eu fui!
Fui para Amesterdão e aqui estou, a fechar as comemorãções do 1º aniversário, espero que tenham gostado da festa e que contem aos amigos pra ela se poder repetir!
O P.s. é só porque, o pior de escrever tantos textos (e tão longos), é que depois eles aparecem pela ordem inversa pela qual foram escritos e às vezes segundo a qual faz mais sentido lê-los. Leiam como quiserem, mas leiam e comentem... se quiserem sigam a ordem (para isso escrevi post 1, 2, 3, 4, 5, 6), se preferirem sigam a desordem, a anarquia, ou criem a vossa própria! Como queiram.
Até já, vou ali viver mais um bocado!
sábado, setembro 23, 2006
Histórias pequenas (post 5)
O telefonema
Chovia lá fora, o ruído contínuo e surdo enervava, mas não mais do que a consciência de que, ali sentado na sua cadeira preferida - daquelas de escritório, que se ajustam para cima e para baixo com uma manivela que faz lembrar um sistema hidraulico, e com rodas para passear pela sala/escritório e ainda com a possibilidade de simplesmente girar em torno de si própria - estava sobretudo a perder tempo precioso, aquele de que se arrependeria quando, com muito mais stress e tensão em cima, se começasse a colocar a mesma velha questão: "mas porque é que eu não comecei isto mais cedo?"
Estava neste finge-que-faz havia já algumas semanas, e a modorra começava a inquietá-lo (por estranho que pareça alguém inquietar-se com a própria modorra, como se se estivesse a observar de fora). Há dias um telefonema inesperado despertara-lhe a curiosidade, mas apenas o suficiente para afastar os olhos e o pensamento daquilo que fingia-que-fazia durante não mais que uns segundos. Era um amigo - bem, era pelo menos um bom companheiro, bom colega, era o namorado de uma grande amiga - a ligar apenas para saber como ele estava, sem mais nada, apenas para conversar cinco minutos, imbuido duma curiosidade daquelas que não espera nada em retribuição. Mas a modorra era tanta que o interesse que lhe suscitou o telefonema não foi suficiente para quebrar o gelo, e a conversa decorreu sem fluidez, fora do contexto habitual da mesa com cervejas e discussões sobre música ou futebol, e terminou rapidamente apenas com a promessa - daquelas de conveniência que ambos os interlocutores sabem, no momento em que a fazem, que não vão poder nem querer cumprir - de manter mais contacto e combinar qualquer coisa para um dia destes.
Este telefonema perdeu-se e enevoou-se na memória do faz-que-faz, e as suas acções mecânicas voltaram à mesma rotina mais rapidamente do que teve tempo para se aperceber delas. Causava-lhe desconforto a percepção de que devia largar tudo aquilo imediatamente, escolher fazer outra coisa qualquer, ir passear à chuva se fosse preciso. Mas não era capaz, não era uma questão de escolha; era qualquer coisa de invisível e indefinido que o mantinha ali, repetindo os mesmos gestos até à exaustão, obstinadamente!
Chovia, chovia ininterruptamente (ou então aquele ruído já estava gravado no seu sistema auditivo como uma banda sonora opressiva) quando soou de novo o telefone. Um número desconhecido e um "Estou sim?", a princípio soturno e macambúzio pela interrupção da sua concentração abstraída, até ao momento em que reconheceu a voz do outro lado da linha. Era um amigo, não o mesmo, um telefonema tão inesperado como o primeiro, a mesma curiosidade desinteressada, a mesma conversa descontextualizada, os mesmos resultados no mesmo tempo - com a pequena nuance de que ambos os interlocutores faziam tenção de cumprir a promessa, apesar de saberem que o tempo provavelmente se encarregaria de lhes entorpecer a motivação e o entusiasmo - mas apesar de quase todas as circunstâncias idênticas, este telefonema fez um click, acendeu uma luz, desentorpeceu-lhe a mente e fê-lo acreditar que afinal ainda havia gente lá fora que tinha o condão e o poder de mudar o nosso estado de espírito num dia cinzento e de letargia.
Fim da chamada, um minuto de olhar no vazio e pensamentos despreocupados, e depois voltou a amodorrar-se, a anular-se no piloto automático do não-pensamento e a repetir as mesmas coisas que sabia lhe faziam mal. Mas Feliz.
Os 4 botões
O drama, a tragédia, o Horror! De ir um dia a passear pela rua e ficar com as calças na mão! Que situação embaraçosa. Um botão tinha caido havia já meses, mas as calças aguentavam-se bem com o que sobrara, mas agora, agora era o desespero. O segundo botão ficava lasso e dava tanto trabalho mudar de ideias e escolher outro par de calças! Um acto de fé, uma iluminação, um salto no vazio e no escuro; "vou pregar o botão" pensou! Agulha, linha, quase total inabilidade manual, voltas e mais voltas, em excesso, mas como não sabia nada sobre a qualidade do trabalho, preferiu apostar na quantidade. Um botão firme e seguro! Conseguira! E não contente com a façanha, pregou mais três de roupas velhas, abandonadas por falta do mecanismozinho para as apertar e que tanto teimava em cair!
Foi das maiores coroas de glória que alguma vez ostentou. Pregou 4 botões!
Chovia lá fora, o ruído contínuo e surdo enervava, mas não mais do que a consciência de que, ali sentado na sua cadeira preferida - daquelas de escritório, que se ajustam para cima e para baixo com uma manivela que faz lembrar um sistema hidraulico, e com rodas para passear pela sala/escritório e ainda com a possibilidade de simplesmente girar em torno de si própria - estava sobretudo a perder tempo precioso, aquele de que se arrependeria quando, com muito mais stress e tensão em cima, se começasse a colocar a mesma velha questão: "mas porque é que eu não comecei isto mais cedo?"
Estava neste finge-que-faz havia já algumas semanas, e a modorra começava a inquietá-lo (por estranho que pareça alguém inquietar-se com a própria modorra, como se se estivesse a observar de fora). Há dias um telefonema inesperado despertara-lhe a curiosidade, mas apenas o suficiente para afastar os olhos e o pensamento daquilo que fingia-que-fazia durante não mais que uns segundos. Era um amigo - bem, era pelo menos um bom companheiro, bom colega, era o namorado de uma grande amiga - a ligar apenas para saber como ele estava, sem mais nada, apenas para conversar cinco minutos, imbuido duma curiosidade daquelas que não espera nada em retribuição. Mas a modorra era tanta que o interesse que lhe suscitou o telefonema não foi suficiente para quebrar o gelo, e a conversa decorreu sem fluidez, fora do contexto habitual da mesa com cervejas e discussões sobre música ou futebol, e terminou rapidamente apenas com a promessa - daquelas de conveniência que ambos os interlocutores sabem, no momento em que a fazem, que não vão poder nem querer cumprir - de manter mais contacto e combinar qualquer coisa para um dia destes.
Este telefonema perdeu-se e enevoou-se na memória do faz-que-faz, e as suas acções mecânicas voltaram à mesma rotina mais rapidamente do que teve tempo para se aperceber delas. Causava-lhe desconforto a percepção de que devia largar tudo aquilo imediatamente, escolher fazer outra coisa qualquer, ir passear à chuva se fosse preciso. Mas não era capaz, não era uma questão de escolha; era qualquer coisa de invisível e indefinido que o mantinha ali, repetindo os mesmos gestos até à exaustão, obstinadamente!
Chovia, chovia ininterruptamente (ou então aquele ruído já estava gravado no seu sistema auditivo como uma banda sonora opressiva) quando soou de novo o telefone. Um número desconhecido e um "Estou sim?", a princípio soturno e macambúzio pela interrupção da sua concentração abstraída, até ao momento em que reconheceu a voz do outro lado da linha. Era um amigo, não o mesmo, um telefonema tão inesperado como o primeiro, a mesma curiosidade desinteressada, a mesma conversa descontextualizada, os mesmos resultados no mesmo tempo - com a pequena nuance de que ambos os interlocutores faziam tenção de cumprir a promessa, apesar de saberem que o tempo provavelmente se encarregaria de lhes entorpecer a motivação e o entusiasmo - mas apesar de quase todas as circunstâncias idênticas, este telefonema fez um click, acendeu uma luz, desentorpeceu-lhe a mente e fê-lo acreditar que afinal ainda havia gente lá fora que tinha o condão e o poder de mudar o nosso estado de espírito num dia cinzento e de letargia.
Fim da chamada, um minuto de olhar no vazio e pensamentos despreocupados, e depois voltou a amodorrar-se, a anular-se no piloto automático do não-pensamento e a repetir as mesmas coisas que sabia lhe faziam mal. Mas Feliz.
Os 4 botões
O drama, a tragédia, o Horror! De ir um dia a passear pela rua e ficar com as calças na mão! Que situação embaraçosa. Um botão tinha caido havia já meses, mas as calças aguentavam-se bem com o que sobrara, mas agora, agora era o desespero. O segundo botão ficava lasso e dava tanto trabalho mudar de ideias e escolher outro par de calças! Um acto de fé, uma iluminação, um salto no vazio e no escuro; "vou pregar o botão" pensou! Agulha, linha, quase total inabilidade manual, voltas e mais voltas, em excesso, mas como não sabia nada sobre a qualidade do trabalho, preferiu apostar na quantidade. Um botão firme e seguro! Conseguira! E não contente com a façanha, pregou mais três de roupas velhas, abandonadas por falta do mecanismozinho para as apertar e que tanto teimava em cair!
Foi das maiores coroas de glória que alguma vez ostentou. Pregou 4 botões!
Noites filmáticas (post 4)
Quinta-feira à noite. Acabei de sair do KonCon, 1 hora no estúdio 1, sozinho, só para mim. A flauta nova soa bem, tem potencial. O Voorspeelavond foi curtíssimo e ainda bem, o Nico não apareceu e fez bem. Granda seca! Não toquei por razões que agora não vêm aqui ao caso (e se calhar ainda bem). Estou aborrecidíssimo, entediado (bored, porque foi em inglês que me senti). A Henrikke está em França. Ligo ao Nico, está mais perto, mas está do outro lado da cidade, não vamos sair. Hoje à noite não há nada. Espera, ontem o widget do dashboard dizia que sexta estavam 27! Claro, vamos à praia amanhã! Phones nos ouvidos, alucino até casa. Consulta rápida ao dashboard, a temperatura de amanhã já desceu para os 22 (enganaram-se de certeza, se acreditasse nisso agora rezava, pelo menos uma vez na vida enganem-se a nosso favor). Embezerro (a Ana entregou o projecto hoje). Um toque da Ana! Acto contínuo um telefonema de um +35121, não era quem esperava. Isto é outra história. Devolvo o toque à Ana. Vou resistir, hoje não! Embezerro um pouco mais. As minhas sementes deram frutos de que não estava à espera! Desembezerro um pouco, não foi mau de todo. Compromisso. Não é demasiado tarde. Última revista ao que há que fazer amanhã, prioridade, mail de parabéns ao João! Apago.
Sexta. Bem, sol está! Acordar devagar. Mail enviado. mais um bocadinho de colheita. O jornal desportivo. Merda, não falei com mais ninguém. Nico, vamos à praia? Si claro boludo! Falaste com mais alguém? Elena está deprimida, Luciana en el Conservatório y Tulio tiene ensayos! Vem cá ter! Ok bye hoore! O herpes arde-me! Merda! Mas o que tem de ser tem muita força! Duas horas de fagote! O herpes arde-me mais (porrra, já devia ter passado!!). Elena. I'm at Scheveningen and I'm going home, it's no weather for beach man, I'm depressed and I'm going home. Héla Kalé, vem ter a minha casa o Nico também vem! Well ok. Pois, de facto JÁ não está tempo pra praia! Já devíamos ter juízo, mas o desespero pelo sol é mais forte. Primeiro dia do Outono, não quer dizer nada, verão também não houve. Nico. blá blá blá. Conto-lhe o voorspeelavond. Primeira sessão de maledicência, mas é verdade, o que havemos de fazer? Elena. Afogou a depressão nas compras, tem dois anéis e dois pares de sapatos novos e só pagou um de cada! Vamos almoçar fora? Duas horas mais tarde, Vamos almoçar fora!
Bicicleta. Chinatown. Really nice cheap chinese place! Tá bem Elena. Mag ik éen biertje, en nog éen? Mischien éen Tjap Suoi of zo, met iets fried (a chinesa até fala inglês) rijst en noodles. Met alles? Met alles! Blá blá blá. Porque estamos deprimidos. Porque detestamos a Holanda. Porque é que a Elena está deprimida. Sexo. Drogas. Namorados. Namorada. Amantes. Falamos mal dos colegas de quem não gostamos (quer dizer, eu não sou o músico prototípico, mas caramba, sou músico, os músicos falam mal dos outros músicos, é assim, sempre foi e sempre será... também não posso ser completamente diferente). Muitas infantilidades. O que fazemos hoje à noite? Man I feel so much like going out to dance you have no Idea, why we don't ever go to Danzig, we could call Rui (pronunciado RGHRui)? Danzig? Yo iria a ver una pelicula, a tu casa, porque no? Pá, façam como quiserem, por mim tanto faz! O Nico ganha. (De rekkening alsublieft). Bem, tou cheio que nem um porco. Só como outra vez amanhã! Nico vai ter com o Ricardo. Zé e Elena vão à procura de Dvd's. Elena enterra um bocadinho mais da depressão no saldo negativo! Two joints for the way at Meneer Jansen. Vou a casa buscar os óculos e uns restos que também lá tenho (ainda são os do pequeno almoço com o Beto!!), até já.
Começamos a ver o filme ou esperamos pelo Nico? Call him! Que van a ver? Scarface! Ah ya lo he visto, empezén que llego en un rato! Ok we save the joint for when he comes. Tá bem. Scarface. Actually we could light the joint. Tá bem. Scarface, mas agora um bocadinho diferente. Telefonema da Sofia. Estamos a ver um filme em casa da Elena e da Luciana. Ah ok, até logo. Nico. Turkish pizza. Scarface mas cada vez mais intenso (meu deus tantos montes de cocaína!! mas o sotaque cubano é convincente!). Luciana. Últimos dez minutos do filme e começa a fazer perguntas sobre o princípio... hmmmm. Fim. Wow man, it's great huh? Mais uma volta mais uma viagem. Cornelius. Malaka kalé (e muito mais grego a partir daqui). Papas. Chocolate. Mais chocolate. Vla de chocolate. Bolo. Coca Cola. Do you roll one from your weed, I want to try it? Não o queres fazer tu? Ok! Blá blá blá. Porque é que o Cornelius está deprimido. Depois o amante da Luciana. o Nico está ausente. Eu às vezes.
Hey, let's see another movie, I bought two! Qual es? A night on Earth. Ok. Vla com bolo. Los Angeles. Joint. New York (eastern Germany caricaturada, ou não?). Telefonema para o Nico (a seguir é a minha mãe, não me ligou ontem). Pausa. Paris (pretos racistas e cegos visionários). Mãe. Tamos em casa da Elena a ver filmes. Roma (Roberto Benigni no seu melhor). Nico, come on, leave the phone already! Helsinki. Luciana, Ah, that's so much like Sweden man!! Frio. Muito frio. Muito muito frio. Distante. O vizinho destruído no passeio gélido. Olá vizinho... o quê, acabou assim? Great movie man. Pausa. Deep Throat. Hey, but not the movie man, it's disgusting, let's watch the documentary. Sim, por mim está bem. Cansaço. Desistências. Sono. Eu e a Elena sobrevivemos, não estamos de acordo, mas é tarde de mais (and three joints latter) pra discutir pontos de vista. Até amanhã
Casa. Phones nos ouvidos. Alucino. Mais um bocadinho de colheita. Acabo os restos (ficam prontos para a próxima). Embezerro. Não há net, vai e vem. Embezerro na mesma! CHEGA! Cama. São Banaboião. Resisto só três páginas, passa das cinco, desisto. Até amanhã
Sexta. Bem, sol está! Acordar devagar. Mail enviado. mais um bocadinho de colheita. O jornal desportivo. Merda, não falei com mais ninguém. Nico, vamos à praia? Si claro boludo! Falaste com mais alguém? Elena está deprimida, Luciana en el Conservatório y Tulio tiene ensayos! Vem cá ter! Ok bye hoore! O herpes arde-me! Merda! Mas o que tem de ser tem muita força! Duas horas de fagote! O herpes arde-me mais (porrra, já devia ter passado!!). Elena. I'm at Scheveningen and I'm going home, it's no weather for beach man, I'm depressed and I'm going home. Héla Kalé, vem ter a minha casa o Nico também vem! Well ok. Pois, de facto JÁ não está tempo pra praia! Já devíamos ter juízo, mas o desespero pelo sol é mais forte. Primeiro dia do Outono, não quer dizer nada, verão também não houve. Nico. blá blá blá. Conto-lhe o voorspeelavond. Primeira sessão de maledicência, mas é verdade, o que havemos de fazer? Elena. Afogou a depressão nas compras, tem dois anéis e dois pares de sapatos novos e só pagou um de cada! Vamos almoçar fora? Duas horas mais tarde, Vamos almoçar fora!
Bicicleta. Chinatown. Really nice cheap chinese place! Tá bem Elena. Mag ik éen biertje, en nog éen? Mischien éen Tjap Suoi of zo, met iets fried (a chinesa até fala inglês) rijst en noodles. Met alles? Met alles! Blá blá blá. Porque estamos deprimidos. Porque detestamos a Holanda. Porque é que a Elena está deprimida. Sexo. Drogas. Namorados. Namorada. Amantes. Falamos mal dos colegas de quem não gostamos (quer dizer, eu não sou o músico prototípico, mas caramba, sou músico, os músicos falam mal dos outros músicos, é assim, sempre foi e sempre será... também não posso ser completamente diferente). Muitas infantilidades. O que fazemos hoje à noite? Man I feel so much like going out to dance you have no Idea, why we don't ever go to Danzig, we could call Rui (pronunciado RGHRui)? Danzig? Yo iria a ver una pelicula, a tu casa, porque no? Pá, façam como quiserem, por mim tanto faz! O Nico ganha. (De rekkening alsublieft). Bem, tou cheio que nem um porco. Só como outra vez amanhã! Nico vai ter com o Ricardo. Zé e Elena vão à procura de Dvd's. Elena enterra um bocadinho mais da depressão no saldo negativo! Two joints for the way at Meneer Jansen. Vou a casa buscar os óculos e uns restos que também lá tenho (ainda são os do pequeno almoço com o Beto!!), até já.
Começamos a ver o filme ou esperamos pelo Nico? Call him! Que van a ver? Scarface! Ah ya lo he visto, empezén que llego en un rato! Ok we save the joint for when he comes. Tá bem. Scarface. Actually we could light the joint. Tá bem. Scarface, mas agora um bocadinho diferente. Telefonema da Sofia. Estamos a ver um filme em casa da Elena e da Luciana. Ah ok, até logo. Nico. Turkish pizza. Scarface mas cada vez mais intenso (meu deus tantos montes de cocaína!! mas o sotaque cubano é convincente!). Luciana. Últimos dez minutos do filme e começa a fazer perguntas sobre o princípio... hmmmm. Fim. Wow man, it's great huh? Mais uma volta mais uma viagem. Cornelius. Malaka kalé (e muito mais grego a partir daqui). Papas. Chocolate. Mais chocolate. Vla de chocolate. Bolo. Coca Cola. Do you roll one from your weed, I want to try it? Não o queres fazer tu? Ok! Blá blá blá. Porque é que o Cornelius está deprimido. Depois o amante da Luciana. o Nico está ausente. Eu às vezes.
Hey, let's see another movie, I bought two! Qual es? A night on Earth. Ok. Vla com bolo. Los Angeles. Joint. New York (eastern Germany caricaturada, ou não?). Telefonema para o Nico (a seguir é a minha mãe, não me ligou ontem). Pausa. Paris (pretos racistas e cegos visionários). Mãe. Tamos em casa da Elena a ver filmes. Roma (Roberto Benigni no seu melhor). Nico, come on, leave the phone already! Helsinki. Luciana, Ah, that's so much like Sweden man!! Frio. Muito frio. Muito muito frio. Distante. O vizinho destruído no passeio gélido. Olá vizinho... o quê, acabou assim? Great movie man. Pausa. Deep Throat. Hey, but not the movie man, it's disgusting, let's watch the documentary. Sim, por mim está bem. Cansaço. Desistências. Sono. Eu e a Elena sobrevivemos, não estamos de acordo, mas é tarde de mais (and three joints latter) pra discutir pontos de vista. Até amanhã
Casa. Phones nos ouvidos. Alucino. Mais um bocadinho de colheita. Acabo os restos (ficam prontos para a próxima). Embezerro. Não há net, vai e vem. Embezerro na mesma! CHEGA! Cama. São Banaboião. Resisto só três páginas, passa das cinco, desisto. Até amanhã
futilidade estética (post 3)
Ah, é verdade, o que é que acham do novo look do barroquista? Tenho pena de ser tão analfabruto no que a informática diz respeito, porque até me apeteceria criar o design do meu próprio blog - teria imaginação suficiente para criar qualquer coisa mais interessante do que estes templates pré-definidos, mas enfim, não tenho é as capacidades técnicas!!
É assim mais soft (não há nenhum template mesmo barroco, se não usava, é tudo muito "moderno"... yuck), mais light, mais tablóide, mais azul bébé (ou cueca se a outra referência puder ser interpretada como pedofilia!)
Digam de vossa justiça.
Eu sei que é fútil, mas, o que é que querem, eu sou assim... vaidoso (Porra, ainda bem que nasci gajo! Se fosse "gaija" seria insuportável!)
É assim mais soft (não há nenhum template mesmo barroco, se não usava, é tudo muito "moderno"... yuck), mais light, mais tablóide, mais azul bébé (ou cueca se a outra referência puder ser interpretada como pedofilia!)
Digam de vossa justiça.
Eu sei que é fútil, mas, o que é que querem, eu sou assim... vaidoso (Porra, ainda bem que nasci gajo! Se fosse "gaija" seria insuportável!)
O diário (post 2)
Quando era mais pequeno – primeiro pré-adolescente, depois adolescência adentro – tinha um diário. Era-o na verdadeira acepção da palavra, sob diversos pontos de vista, tanto no que diz respeito à assiduidade (na entrada seguinte a um dia de ausência escrevia: “ontem não pude escrever porque...”), como no que diz respeito à minha forma de o encarar – era factual, um repositório das minhas acções, das acções dos outros, dos meus pensamentos e dos dos outros, mas sempre em relação a uma acção qualquer. Foi assim até tarde, até a um momento fatídico, até a um verão especial em que tudo aconteceu sem na verdade ter acontecido tanto quanto isso (não é assim que as coisas são sempre quando somos adolescentes?)
Curiosamente, o barroquismo sempre lá esteve, um pouco na maneira de pensar, um pouco na maneira de escrever, um pouco noutras pequenas características mais desviantes e desviadas da norma, mas não completamente expressas ou manifestas... digamos: latentes ;) . Por exemplo, nos seus três cadernos (dois e meio para ser mais exacto, porque na verdade ele ainda existe, não foi encerrado ou dado como terminado, embora agora, por exemplo, tenha ficado em Lisboa, por isso já se vê a distância que entretanto se criou entre nós) sempre foi impúdico e esquizofrénico, sempre quiz sair do anonimato e ser anónimo ao mesmo tempo, sempre foi sendo lido como um livro de contos, entrada a entrada, a alguma namorada, amiga mais próxima, ou simplesmente a um público inexistente que faria esgotar dezenas de edições do best-seller inesperado – mas enfim, isto era apenas a semente da minha sempre exacerbada megalomania barroquista a despontar; o meu animal de palco a decidir por mim; o exibicionismo contido a esforço para contrabalaçar uma timidez (mal) forjada e de conveniência.
Pelo meio houve uns cadernos dos atrofios – os originais, em papel – mas que nunca foram ideia ou projecto meus, por muita estima que lhes tivesse! E mesmo assim eram muito factuais, eram atrofios em sentido lato, eram públicos, mas eram reais, existiam. Não eram, como agora, apenas palavras encadeadas, muitas vezes exclusivamente com o critério de poderem ser encadeadas desta forma e não de outra. Apenas objectos quase artísticos com uma beleza intrínseca, som puro, harmonia, eufonia... independentemente do conteúdo que possam carregar e das coisas maravilhosas que possam dizer – e o recheio nem sempre tem de ser o principal ponto de atracção, como espero provar hoje durante o dia. Desviei-me, à grande: NÃO, NÃO eram isto, nem os cadernos dos atrofios nem o(s) meu(s) diário(s).
E depois aquele verão em que descobri tantas coisas novas. O verão de uma road-trip, de uma certa história com uma certa jante, do Tabu... o Tabu, que mais ou menos ainda o é apesar de já não termos idade para isso, mas que me disse muito sobre mim próprio e forjou a nossa relação da forma que tem agora. A descoberta do sexo e tudo o que isso muda, para o futuro e retrospectivamente, e mesmo o facto de que a nossa relação também foi interrompida e reinventada depois desse verão. E, claro, a Manta Rota, o móbil, o culpado! O Jamaica (por acaso estou a misturar verões, o Jamaica até foi em 1998, não em 99), os Fêos!, o Nando, o X, o Laia, o pessoal da cidade (incrível como mundos diferentes se cruzaram tanto em tempos... ATÉ o pessoal da cidade esteve na Manta Rota), o João de Beja, o carro do Mário, a Música, a perspectiva da faculdade (embora essa estivesse só no sub-consciente), a Ana a tornar-se a minha melhor amiga, e tantas tantas outras coisas mais! E tantas outras coisas de que me lembro apesar do êxtase em que andava, mas que não posso contar aqui, porque isto é um blog, sim, mas tenho de manter a ilusão de que há passados que são só meus e que existe uma coisa chamada privacidade!
Mas estava a falar do meu diário e fui parar à Manta Rota como? Não, não foi por engano, foi nesse verão que ele morreu e nasceu outra coisa qualquer dentro de mim (aliás esse verão matou e fez nascer muitas coisas dentro de mim!!). Foi depois desse verão que o barroquismo se tornou a corrente estética dominante e abafou o meu jornalismo infantil, que as metáforas se emanciparam, que os advérbios de modo se passaram a atropelar, que as reticências e os parêntesis foram elevados a estilo e que as figuras de estilo explodiram em sons e cores de novidade, que os dias deixaram de ter importância, que as entradas se tornaram escassas, que os conteúdos passaram a ter um significado com outro subjacente e outro ainda latente e outro ainda subentendido e outro ainda metafórico e outro ainda imaginado e outro ainda adivinhado e outro ainda criado por quem me lê e outro ainda... E mais: aconteceu isso tudo, mas primeiro de forma premeditada, como um esforço consciente, para ser assim, para pensar assim, para escrever assim, para me defender de mim mesmo e sobretudo dos outros. Mas foi inventado, primeiro difícil e anti-naturalmente e depois, gradualmente, à força da repetição, do estudo e da prática, tornou-se de tal forma em mim próprio que agora não seria capaz de escrever, pensar ou ser de maneira diferente (sempre assim às voltas, para trás e para a frente, em colunas e volutas, em rebiques e rapaqueques, em adornos e ornamentos, em testamentos, assim, barroco. Barroquista!).
Tudo aconteceu a 20 e qualquer coisa (2,3,4,5, por aí) de Agosto de 1999 – agora não tenho aqui os meus diários, não posso confirmar a data exacta, e talvez nem a Ana me saiba dizer, não foi com ela que se passou. O meu diário, muito impúdico, muito exibicionista, muito com vontade de ser lido... FOI LIDO. Foi devassado. Sem a minha autorização. Sem o meu consentimento. Para ser usado contra mim. Por desconfiança. E morreu!
Epílogo: (sobretudo dedicado a amenos)
O último paragrafo tinha de ser escrito assim por questões estilísticas e de força maior literária! O diário tinha de morrer depois desta história, e tive de matá-lo assim! (bem, ele morreu mesmo, mas a questão não é essa!). Não há absolutamente rancor nenhum, ressentimento 0, desconfiança ainda menos. Não é uma crítica nem uma reprimenda, não é para fazer ninguém sentir-se mal. É um conto baseado em factos reais (alguns mais irreais, outros mais surreais). Aliás o post é, quanto muito, uma homenagem e um agradecimento MUITO sincero por, ainda que involuntária e inadvertidamente, me teres lançado no caminho do barroquismo e do que sou hoje (e virei a ser amanhã). Por acaso naquela altura até estava a precisar daquela desconfiança e quem sabe como os caminhos da vida se teriam trilhado sem aquela guinada (nunca se pode saber, não é? Por isso não vale a pena pensar-se mais nisso). Obrigado amenos, pela preocupação ingénua e mais ou menos justificada e pela defesa acérrima de leoa da sua cria! Obrigado por te teres assustado tanto com um desvio tão pequenino (imagina se fosse agora que aqui estou, tão longe, e logo na Holanda... hahahaha!).
Obrigado pela parte que te toca no meu barroquismo (que não é amenos parte)
P.s. – faz parte do barroquismo, começar a escrever um post com um plano mais ou menos traçado, com três ideias pra elaborar, e terminar com uma pequena sonata do princípio do barroco italiano com os andamentos encadeados, ou uma mega-ricercata... à procura, à procura, à procura, até que descobre uma cadência e, pronto acabou... não há cá Dominante-Tónica- Dominante-Tónica- Dominante-Tónica- Dominante-Tónica- Dominante-Tónica-Dominaaaaaaaaaaaaaaaaante... Tóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóónica. Comecei com três linhas e acabei com... bem, ainda não acabei e já vou em mais de três páginas (o post está em documento word porque não tenho net, logo hoje que faço anos!!). O P.s. e o epílogo são uma coda... a música já acabou, mas não me apetece ceder já ao silêncio.
Logo agora que começava a ter leitores tenho de os afugentar comigo próprio. Quem é que vai ler o post até ao fim quem é? Eu sei! E comenta primeiro quem tiver a sorte ou azar de ligar a net mais cedo, mas sei quem é que vai comentar com mais entusiasmo e quem vai comentar com uma lágrima ao canto do olho e quem é que eu gostaria que comentasse e não o vai fazer!
Fim (tónica).
Curiosamente, o barroquismo sempre lá esteve, um pouco na maneira de pensar, um pouco na maneira de escrever, um pouco noutras pequenas características mais desviantes e desviadas da norma, mas não completamente expressas ou manifestas... digamos: latentes ;) . Por exemplo, nos seus três cadernos (dois e meio para ser mais exacto, porque na verdade ele ainda existe, não foi encerrado ou dado como terminado, embora agora, por exemplo, tenha ficado em Lisboa, por isso já se vê a distância que entretanto se criou entre nós) sempre foi impúdico e esquizofrénico, sempre quiz sair do anonimato e ser anónimo ao mesmo tempo, sempre foi sendo lido como um livro de contos, entrada a entrada, a alguma namorada, amiga mais próxima, ou simplesmente a um público inexistente que faria esgotar dezenas de edições do best-seller inesperado – mas enfim, isto era apenas a semente da minha sempre exacerbada megalomania barroquista a despontar; o meu animal de palco a decidir por mim; o exibicionismo contido a esforço para contrabalaçar uma timidez (mal) forjada e de conveniência.
Pelo meio houve uns cadernos dos atrofios – os originais, em papel – mas que nunca foram ideia ou projecto meus, por muita estima que lhes tivesse! E mesmo assim eram muito factuais, eram atrofios em sentido lato, eram públicos, mas eram reais, existiam. Não eram, como agora, apenas palavras encadeadas, muitas vezes exclusivamente com o critério de poderem ser encadeadas desta forma e não de outra. Apenas objectos quase artísticos com uma beleza intrínseca, som puro, harmonia, eufonia... independentemente do conteúdo que possam carregar e das coisas maravilhosas que possam dizer – e o recheio nem sempre tem de ser o principal ponto de atracção, como espero provar hoje durante o dia. Desviei-me, à grande: NÃO, NÃO eram isto, nem os cadernos dos atrofios nem o(s) meu(s) diário(s).
E depois aquele verão em que descobri tantas coisas novas. O verão de uma road-trip, de uma certa história com uma certa jante, do Tabu... o Tabu, que mais ou menos ainda o é apesar de já não termos idade para isso, mas que me disse muito sobre mim próprio e forjou a nossa relação da forma que tem agora. A descoberta do sexo e tudo o que isso muda, para o futuro e retrospectivamente, e mesmo o facto de que a nossa relação também foi interrompida e reinventada depois desse verão. E, claro, a Manta Rota, o móbil, o culpado! O Jamaica (por acaso estou a misturar verões, o Jamaica até foi em 1998, não em 99), os Fêos!, o Nando, o X, o Laia, o pessoal da cidade (incrível como mundos diferentes se cruzaram tanto em tempos... ATÉ o pessoal da cidade esteve na Manta Rota), o João de Beja, o carro do Mário, a Música, a perspectiva da faculdade (embora essa estivesse só no sub-consciente), a Ana a tornar-se a minha melhor amiga, e tantas tantas outras coisas mais! E tantas outras coisas de que me lembro apesar do êxtase em que andava, mas que não posso contar aqui, porque isto é um blog, sim, mas tenho de manter a ilusão de que há passados que são só meus e que existe uma coisa chamada privacidade!
Mas estava a falar do meu diário e fui parar à Manta Rota como? Não, não foi por engano, foi nesse verão que ele morreu e nasceu outra coisa qualquer dentro de mim (aliás esse verão matou e fez nascer muitas coisas dentro de mim!!). Foi depois desse verão que o barroquismo se tornou a corrente estética dominante e abafou o meu jornalismo infantil, que as metáforas se emanciparam, que os advérbios de modo se passaram a atropelar, que as reticências e os parêntesis foram elevados a estilo e que as figuras de estilo explodiram em sons e cores de novidade, que os dias deixaram de ter importância, que as entradas se tornaram escassas, que os conteúdos passaram a ter um significado com outro subjacente e outro ainda latente e outro ainda subentendido e outro ainda metafórico e outro ainda imaginado e outro ainda adivinhado e outro ainda criado por quem me lê e outro ainda... E mais: aconteceu isso tudo, mas primeiro de forma premeditada, como um esforço consciente, para ser assim, para pensar assim, para escrever assim, para me defender de mim mesmo e sobretudo dos outros. Mas foi inventado, primeiro difícil e anti-naturalmente e depois, gradualmente, à força da repetição, do estudo e da prática, tornou-se de tal forma em mim próprio que agora não seria capaz de escrever, pensar ou ser de maneira diferente (sempre assim às voltas, para trás e para a frente, em colunas e volutas, em rebiques e rapaqueques, em adornos e ornamentos, em testamentos, assim, barroco. Barroquista!).
Tudo aconteceu a 20 e qualquer coisa (2,3,4,5, por aí) de Agosto de 1999 – agora não tenho aqui os meus diários, não posso confirmar a data exacta, e talvez nem a Ana me saiba dizer, não foi com ela que se passou. O meu diário, muito impúdico, muito exibicionista, muito com vontade de ser lido... FOI LIDO. Foi devassado. Sem a minha autorização. Sem o meu consentimento. Para ser usado contra mim. Por desconfiança. E morreu!
Epílogo: (sobretudo dedicado a amenos)
O último paragrafo tinha de ser escrito assim por questões estilísticas e de força maior literária! O diário tinha de morrer depois desta história, e tive de matá-lo assim! (bem, ele morreu mesmo, mas a questão não é essa!). Não há absolutamente rancor nenhum, ressentimento 0, desconfiança ainda menos. Não é uma crítica nem uma reprimenda, não é para fazer ninguém sentir-se mal. É um conto baseado em factos reais (alguns mais irreais, outros mais surreais). Aliás o post é, quanto muito, uma homenagem e um agradecimento MUITO sincero por, ainda que involuntária e inadvertidamente, me teres lançado no caminho do barroquismo e do que sou hoje (e virei a ser amanhã). Por acaso naquela altura até estava a precisar daquela desconfiança e quem sabe como os caminhos da vida se teriam trilhado sem aquela guinada (nunca se pode saber, não é? Por isso não vale a pena pensar-se mais nisso). Obrigado amenos, pela preocupação ingénua e mais ou menos justificada e pela defesa acérrima de leoa da sua cria! Obrigado por te teres assustado tanto com um desvio tão pequenino (imagina se fosse agora que aqui estou, tão longe, e logo na Holanda... hahahaha!).
Obrigado pela parte que te toca no meu barroquismo (que não é amenos parte)
P.s. – faz parte do barroquismo, começar a escrever um post com um plano mais ou menos traçado, com três ideias pra elaborar, e terminar com uma pequena sonata do princípio do barroco italiano com os andamentos encadeados, ou uma mega-ricercata... à procura, à procura, à procura, até que descobre uma cadência e, pronto acabou... não há cá Dominante-Tónica- Dominante-Tónica- Dominante-Tónica- Dominante-Tónica- Dominante-Tónica-Dominaaaaaaaaaaaaaaaaante... Tóóóóóóóóóóóóóóóóóóóóónica. Comecei com três linhas e acabei com... bem, ainda não acabei e já vou em mais de três páginas (o post está em documento word porque não tenho net, logo hoje que faço anos!!). O P.s. e o epílogo são uma coda... a música já acabou, mas não me apetece ceder já ao silêncio.
Logo agora que começava a ter leitores tenho de os afugentar comigo próprio. Quem é que vai ler o post até ao fim quem é? Eu sei! E comenta primeiro quem tiver a sorte ou azar de ligar a net mais cedo, mas sei quem é que vai comentar com mais entusiasmo e quem vai comentar com uma lágrima ao canto do olho e quem é que eu gostaria que comentasse e não o vai fazer!
Fim (tónica).
Parabéns (post 1)
3... 2... 1...
PARABÉNS (grande ruído indefinido nos bastidores, de festa, excitação, foguetes, foguetões, sinos a dobrar e mais foguetes, um orgasmo metafórico que é o que se pode mostrar no meio de toda esta censura explícita/implícita e moral/imoral).
O Barroquista faz um ano hoje e eu tenho para ele um projecto megalómano!
Fiquem por perto e vejam!
(inspiração: muitas, a vida toda, mas “Inside Deep Throat” – e o filme virá em breve – é sem dúvida uma das imediatas)
PARABÉNS (grande ruído indefinido nos bastidores, de festa, excitação, foguetes, foguetões, sinos a dobrar e mais foguetes, um orgasmo metafórico que é o que se pode mostrar no meio de toda esta censura explícita/implícita e moral/imoral).
O Barroquista faz um ano hoje e eu tenho para ele um projecto megalómano!
Fiquem por perto e vejam!
(inspiração: muitas, a vida toda, mas “Inside Deep Throat” – e o filme virá em breve – é sem dúvida uma das imediatas)
quinta-feira, setembro 21, 2006
...
...
"E então, o que estiveste a fazer? Tocaste?
Não, andei a plantar sementes!
Para quê?
Não sei..."
"E então, o que estiveste a fazer? Tocaste?
Não, andei a plantar sementes!
Para quê?
Não sei..."
Às Vezes.
Volta não volta vou mudar tudo.
Às vezes vou mudar o Mundo, o de lá de fora, outras vezes sou mais modesto e vou mudar apenas o de cá de dentro.
Volta não volta tenho reuniões editoriais e vou mudar a linha dominante; sei lá, tornar-me tablóide, ou generalista, ou intelectual, logo se vê.
Às vezes aborreço-me e vou tornar-me romancista, ou poeta.
Volta não volta desespero com o que os outros fazem melhor que eu, mas só aquilo em que me projecto nos outros, só aquilo que decido que podia fazer depois de os ver primeiro!
Às vezes parto, decidido, rumo a um lugar e pouco depois descubro que tomei a direcção errada e fui parar aos antípodas.
Volta não volta volta tudo ao mesmo.
Às vezes decido coisas até às 5, outras só até às 4.
Volta não volta durmo pouco, e às vezes quase nada.
Volta não volta vou mudar tudo, e depois?
Bem depois não muda quase nada!
Quer dizer, mudar sim, mas devagar!
P.s. (como morrer, ou talvez não, mas a esse assunto voltarei com mais calma)
Às vezes vou mudar o Mundo, o de lá de fora, outras vezes sou mais modesto e vou mudar apenas o de cá de dentro.
Volta não volta tenho reuniões editoriais e vou mudar a linha dominante; sei lá, tornar-me tablóide, ou generalista, ou intelectual, logo se vê.
Às vezes aborreço-me e vou tornar-me romancista, ou poeta.
Volta não volta desespero com o que os outros fazem melhor que eu, mas só aquilo em que me projecto nos outros, só aquilo que decido que podia fazer depois de os ver primeiro!
Às vezes parto, decidido, rumo a um lugar e pouco depois descubro que tomei a direcção errada e fui parar aos antípodas.
Volta não volta volta tudo ao mesmo.
Às vezes decido coisas até às 5, outras só até às 4.
Volta não volta durmo pouco, e às vezes quase nada.
Volta não volta vou mudar tudo, e depois?
Bem depois não muda quase nada!
Quer dizer, mudar sim, mas devagar!
P.s. (como morrer, ou talvez não, mas a esse assunto voltarei com mais calma)
quarta-feira, setembro 20, 2006
Dias cheios
Dias cheios de vida e de receios são altamente cansativos! Dias cheios de pequenos nadas aos quais tentamos dar mais significados do que aqueles que realmente têm para que possamos acreditar que afinal os nossos dias são cheios e significativos! Dias cheios de vazios e desculpas para que esses vazios sejam cada vez mais importantes e nos preencham! Dias cheios de coisa nenhuma sob a forma de tudo um pouco! Dias cheios das mesmas velhas coisas a que tentamos dar um ar de novidade! Dias cheios de coisas novas que afinal são sempre as mesmas repetidas! E no entanto dias e dias atrás de dias! E sempre algo de novo nas coisas velhas, e sempre algo de velho nas coisas novas, e sempre o plano de algo de novo e algo de velho, e sempre um dia cheio de vazios como certeza do próximo dia quando mais um dia cheio acaba!
HIP ... HAPPY
Are you HIP?
Are you HAPPY?
Are you Sad?
Are you Worried?
Come and join us, we are the ones.
We are the ones who grow Hemp outside our front doors.
We are the ones who inspire, who transpire!
We are the ones who expire, who exhile!
Are you HASH?
Are you HOP?
Are you Alive?
Are you Dead?
Come and joint us, we are the ones.
Who live in Bierkade and live of those.
Who plant our hapyness in a flower pot!
Who pot our future in a flower bud!
Transpire me...
Expire me...
Exhile me...
Inspire me!
Are you HAPPY?
Are you Sad?
Are you Worried?
Come and join us, we are the ones.
We are the ones who grow Hemp outside our front doors.
We are the ones who inspire, who transpire!
We are the ones who expire, who exhile!
Are you HASH?
Are you HOP?
Are you Alive?
Are you Dead?
Come and joint us, we are the ones.
Who live in Bierkade and live of those.
Who plant our hapyness in a flower pot!
Who pot our future in a flower bud!
Transpire me...
Expire me...
Exhile me...
Inspire me!
segunda-feira, setembro 11, 2006
911
É verdade... hoje é 9-11...
Enfim, tenho muita pena e respeito pelas vítimas do atentado. Mas no Tsunami morreram muitos milhares mais e também não tinham culpa nenhuma. E volta e meia há um terramoto no médio oriente ou noutro sítio qualquer que provoca o mesmo número de mortos (ou menos, não importa! provoca uma quantidade astronómica de mortos) e nem por isso se criam correntes de solidariedade para com as vítimas. Por isso o luto e a confusão que nos faz esse tipo de calamidades (sejam naturais ou provocadas por terroristas) é sempre relativa! Como dizia a minha amiga Ana numa perspectiva bizarra recente, vivemos rodeados de violência, por isso é impossível sermos sensíveis a tudo quanto é aberração e horror!! Acabamos por ser sensíveis a umas quantas coisas seleccionadas, que nos servem de amostra, e que na maior parte dos casos nem sequer são escolhidas por nós mas nos são impingidas pela comunicação social e por orientações editoriais!
Mas o pior o pior (sic.) é que à pala de um atentado terrorista bárbaro (nem sequer me passa pela cabeça defender qualquer hipotética razão ou justificação para os fundamentalistas islâmicos), em 5 anos foram iniciadas directamente guerras que mataram muito mais do que as vítimas das torres gémeas, foram criadas as condições de instabilidade para que muitas mais guerras se iniciassem, mesmo sem a participação directa nem dos Estados Unidos (agredido) nem de um hipotético agressor fantasma! E o Mundo é um lugar muito mais inseguro do que era há 5 anos, mesmo depois dos ataques às torres gémeas!!
Não percebo nada de política global - estou a pensar em macro-política, em história política e não em decisões políticas individuais - nem sequer de economia global... nem de nada global, por isso não consigo entender a fundo as questões mais complexas de toda esta história! Apenas consigo seguir com atenção os resultados visíveis e os mais ou menos faits-divers que se sucederam nestes 5 anos... mas, na minha ignorância e pequenês, remeto-me a observações simplistas, e a conclusão que tiro é que me parece aberrante a maior parte das acções e reacções tomadas por ambas as partes (partes? quais partes? os Estados Unidos contra... hmmm deixa cá ver... O bin Laden, a Al-quaeda, os Taliban, o Afeganistão, o Sadamm, o Iraque, o Irão, a Coreia do Sul, o Hezbollah, os palestinianos... alguém mais quer por-se na fila??) e me parece impossível e inaceitável que o mundo seja um lugar tão mais perigoso e restritivo do que há 5 anos!
E a culpa não é (nem só nem talvez principalmente) dos fundamentalistas islâmicos... e mais não digo (porque não quero e porque não sei!)
Enfim, tenho muita pena e respeito pelas vítimas do atentado. Mas no Tsunami morreram muitos milhares mais e também não tinham culpa nenhuma. E volta e meia há um terramoto no médio oriente ou noutro sítio qualquer que provoca o mesmo número de mortos (ou menos, não importa! provoca uma quantidade astronómica de mortos) e nem por isso se criam correntes de solidariedade para com as vítimas. Por isso o luto e a confusão que nos faz esse tipo de calamidades (sejam naturais ou provocadas por terroristas) é sempre relativa! Como dizia a minha amiga Ana numa perspectiva bizarra recente, vivemos rodeados de violência, por isso é impossível sermos sensíveis a tudo quanto é aberração e horror!! Acabamos por ser sensíveis a umas quantas coisas seleccionadas, que nos servem de amostra, e que na maior parte dos casos nem sequer são escolhidas por nós mas nos são impingidas pela comunicação social e por orientações editoriais!
Mas o pior o pior (sic.) é que à pala de um atentado terrorista bárbaro (nem sequer me passa pela cabeça defender qualquer hipotética razão ou justificação para os fundamentalistas islâmicos), em 5 anos foram iniciadas directamente guerras que mataram muito mais do que as vítimas das torres gémeas, foram criadas as condições de instabilidade para que muitas mais guerras se iniciassem, mesmo sem a participação directa nem dos Estados Unidos (agredido) nem de um hipotético agressor fantasma! E o Mundo é um lugar muito mais inseguro do que era há 5 anos, mesmo depois dos ataques às torres gémeas!!
Não percebo nada de política global - estou a pensar em macro-política, em história política e não em decisões políticas individuais - nem sequer de economia global... nem de nada global, por isso não consigo entender a fundo as questões mais complexas de toda esta história! Apenas consigo seguir com atenção os resultados visíveis e os mais ou menos faits-divers que se sucederam nestes 5 anos... mas, na minha ignorância e pequenês, remeto-me a observações simplistas, e a conclusão que tiro é que me parece aberrante a maior parte das acções e reacções tomadas por ambas as partes (partes? quais partes? os Estados Unidos contra... hmmm deixa cá ver... O bin Laden, a Al-quaeda, os Taliban, o Afeganistão, o Sadamm, o Iraque, o Irão, a Coreia do Sul, o Hezbollah, os palestinianos... alguém mais quer por-se na fila??) e me parece impossível e inaceitável que o mundo seja um lugar tão mais perigoso e restritivo do que há 5 anos!
E a culpa não é (nem só nem talvez principalmente) dos fundamentalistas islâmicos... e mais não digo (porque não quero e porque não sei!)
Oix!
Propx po meu ppl! Taxe bem
Ixtu aki taxe +- na mexma u k e fix purke n xe xta pior! Lollolololol
Axu ke exta xena dux blogx e mta loucax! O ppl devexe encontrar aki pa faxer gandax fextanxax, xo n xei ainda muitux blogx de ppl ke eu kunhexa! Nao kerem avixar de blogx fiches pa eu pexkixar? Obrigadoex e fikamux em kontaktu pur akix!!
Xau xau
(maix uma LOLADA po kaminhux)
...
...
...
Eu até posso escrever assim porque não tenho nada a provar a ninguém quanto ao meu domínio escrito da língua de Camões... é uma opção estilística para servir um determinado propósito mas, devo assegurar-vos, que é bem maix komplikadu e toma-me muitíssimo mais tempo do que escrever normalmente!
Serve isto pra chamar a atenção para o quê? Bem, isso é óbvio, mas o que me levou a escrever o post foi a perplexidade! É que a literacia entre o ppl de uma geração tão próxima da minha já é tão fraquinha que acho que não há nexexidade nenhuma de ainda andar a fomentar mais este tipo de escrita críptica e cuja utilidade eu não consigo alcançar (a não ser talvez a escrever SMSs e, mesmo assim, apenas alguns k e x kuando isso poupa caractéres e os sons são iguais!!!).
É que a iliteracia anda a ser fomentada por todo o lado e por entidades públicas que, provavelmente, deveriam ter obrigações de, pelo menos, não contribuir para a ignorância e a deseducação, mesmo que a sua função principal não seja propriamente educar!!!
Estou perplexo! Então não é que a caixa geral de depósitos (ou Kaicha!!) lançou agora uma Konta para jovens, que vem com um Kartão e uma Kaderneta...
Faz-me confusão o k é k kerem??
E o xlogan devia xer:
Kuando pedex pa Xair à noitex elx dixem ke inda ex krianxa
Kuando nao arrumax o kuarto elex dixem ke ja ex 1 adultu
e kuando pedirex pa ter 1a konta nu banku,
VAO DIXER U KE??
Fax a Konta à tua independenxia
(se quiserem vão ver como é o slogan... tem um bocadinho menos de k e x... mas perdoem-me a hiperbole literária... serve os meus propóstios! E não tou menos perplexo por as letras pequeninas estarem correctas, porque as letras garrafais estão lá e a Konta vem kom um Kartão e uma Kaderneta...
Viva a Kaixa!!
tijayx!
Propx po meu ppl! Taxe bem
Ixtu aki taxe +- na mexma u k e fix purke n xe xta pior! Lollolololol
Axu ke exta xena dux blogx e mta loucax! O ppl devexe encontrar aki pa faxer gandax fextanxax, xo n xei ainda muitux blogx de ppl ke eu kunhexa! Nao kerem avixar de blogx fiches pa eu pexkixar? Obrigadoex e fikamux em kontaktu pur akix!!
Xau xau
(maix uma LOLADA po kaminhux)
...
...
...
Eu até posso escrever assim porque não tenho nada a provar a ninguém quanto ao meu domínio escrito da língua de Camões... é uma opção estilística para servir um determinado propósito mas, devo assegurar-vos, que é bem maix komplikadu e toma-me muitíssimo mais tempo do que escrever normalmente!
Serve isto pra chamar a atenção para o quê? Bem, isso é óbvio, mas o que me levou a escrever o post foi a perplexidade! É que a literacia entre o ppl de uma geração tão próxima da minha já é tão fraquinha que acho que não há nexexidade nenhuma de ainda andar a fomentar mais este tipo de escrita críptica e cuja utilidade eu não consigo alcançar (a não ser talvez a escrever SMSs e, mesmo assim, apenas alguns k e x kuando isso poupa caractéres e os sons são iguais!!!).
É que a iliteracia anda a ser fomentada por todo o lado e por entidades públicas que, provavelmente, deveriam ter obrigações de, pelo menos, não contribuir para a ignorância e a deseducação, mesmo que a sua função principal não seja propriamente educar!!!
Estou perplexo! Então não é que a caixa geral de depósitos (ou Kaicha!!) lançou agora uma Konta para jovens, que vem com um Kartão e uma Kaderneta...
Faz-me confusão o k é k kerem??
E o xlogan devia xer:
Kuando pedex pa Xair à noitex elx dixem ke inda ex krianxa
Kuando nao arrumax o kuarto elex dixem ke ja ex 1 adultu
e kuando pedirex pa ter 1a konta nu banku,
VAO DIXER U KE??
Fax a Konta à tua independenxia
(se quiserem vão ver como é o slogan... tem um bocadinho menos de k e x... mas perdoem-me a hiperbole literária... serve os meus propóstios! E não tou menos perplexo por as letras pequeninas estarem correctas, porque as letras garrafais estão lá e a Konta vem kom um Kartão e uma Kaderneta...
Viva a Kaixa!!
tijayx!
quarta-feira, setembro 06, 2006
Veronika light II
"(...) Nos seus últimos dias de vida, realizara finalmente o grande sonho - tocar com alma e coração, o tempo que quisesse, na altura que achasse melhor. Não tinha importância se a sua única plateia era um rapaz esquizofrénico, ele parecia entender a música, e isso era o que contava."
Idem
Deve ter sido sorte, tiro no escuro que acertou no alvo... mas acertou-lhe em cheio... não deixa de ser light e pesado ao mesmo tempo.
Idem
Deve ter sido sorte, tiro no escuro que acertou no alvo... mas acertou-lhe em cheio... não deixa de ser light e pesado ao mesmo tempo.
terça-feira, setembro 05, 2006
Veronika light I
"(...) A senhora já imaginou um mundo onde, por exemplo, não fossemos obrigados a repetir todos os dias das nossas vidas a mesma coisa? Se resolvessemos, por exemplo, comer só quando tivessemos fome, como é que as donas de casa e os restaurantes se organizavam?"
P.C.
P.C.
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