sexta-feira, janeiro 27, 2006

Che boludo

Eran seis hermanos Jerte cuando Paco se murió
Eran seis hermanos Jerte cuando Paco se murió,
Paco Jerte se murió de sarampión,
y quedaron cinco Jerte cuando Paco se murió!

quarta-feira, janeiro 25, 2006

O valor da mudança!

Não, já não é de política que estou a falar! A "mudança" do título do post não tem nada a ver com a recente novidade política - quanto a esta já me consciencializei de que o melhor a fazer é habituarmo-nos, resignarmo-nos aceitando a alternância democrática, esperar que a(s) pior(es) característica(s) do nosso novo presidente sejam "apenas" aquelas que já são sobejamente conhecidas: incapacidade para exprimir ideias clara e incisivamente; enormíssimo défice de presença, do dom da palavra (creio que esta ideia não é tão fútil quanto isso na avaliação de um Presidente da República); duvidosas intenções relativamente ao papel que deve ter o chefe de estado no quadro do nosso sistema democrático... enfim, não me quero alongar mais quanto a defeitos e espero que sejam só estes e que o nosso Cavaco não se meta a fazer disparates. Finalmente, em relação a esta mudança não tenho mais nada a dizer, a não ser talvez "pra melhor está bem está bem, pra pior já basta assim".

Portanto, depois desta dissertação sobre o que o que o post não vai (ia) ser, volto ao "valor da mudança".
Mudança pessoal e individual! Mudança de atitudes, mentalidades, maneira de estar na vida, perante nós próprios e os outros, maneira de lidarmos com as nossas qualidades, mas sobretudo com os nossos defeitos. É essa a mudança que tem um valor incalculável!
Nem vale a pena falar do que mudar, como mudar, ou porquê mudar. Essa é a parte da mudança que é tão pessoal que nem sequer vale a pena ser abordada por alguém exterior (Porquê mudar? Porque está mal! O que mudar? O que está mal! Como mudar? Sei lá! Depende do que estiver mal!! Mas qualquer um destes pares pergunta/resposta só é verdadeiramente relevante se for colocado por cada um de nós, candidatos à mudança, individualmente e com seriedade!)! O que é que sobra então acerca de mudança? Umas quantas constatações e algumas considerações pessoais!

Constatação - As pessoas mudam pouco!
Não tenho complexos em afirmá-lo assim peremptoriamente! Para mim é uma evidência! As pessoas mudam pouco, pouco de cada vez, poucas vezes profundamente, poucas vezes com verdadeira intenção de manter essas mudanças ou de que elas sejam mais do que pequenas operações de cosmética destinadas a encobrir alguma falha e não a corrigi-la de facto, e muito, muito poucas vezes por vontade própria ou sem que a mudança seja despoletada por algum acontecimento exterior!
Já não posso afirmar tão peremptoriamente o porquê desta constatção. Não sei se faz parte da natureza humana o imobilismo, e nesse caso se é por egoísmo, preguiça, inércia, maldade, opurtunismo, um pouco de todas estas características ou outras quaisquer! Mas enfim, acho que qualquer que seja a razão, é bastante negativo que a esmagadora maioria das pessoas seja tão avessa à mudança, ainda que deva dizer que compreendo pelo menos algumas das razões e atenuantes para esta aversão.
Por exemplo, compreendo perfeitamente que não seja fácil identificar, ou conviver pacificamente, ou confrontar, ou ter a força de espírito e a coragem suficientes para mudar os nossos defeitos. É sem dúvida muito mais fácil e confortável (mas incomparavelmente pior para nós próprios e normalmente também para os outros) simplesmente tentar ignorar as nossas falhas - e conheço tanta gente que não sabe fazer outra coisa, alguns inconscientemente, mas outros com absoluto despudor, o que ainda é pior!
Claro que também há quem quem identifique as próprias falhas e não faça grande coisa para se aperfeiçoar, sem contudo ser mal intencionado! Mas atenção, não quero com isto fazer crítica a ninguém, aliás sinto por vezes que me insiro nesta nobre categoria e a maneira como entendo esta posição é qualquer coisa do género: "eu faço introspecção; se me perguntarem eu sei dizer quais são os meus defeitos porque estou bem consciente deles; isto é muito mais do que faz a maioria das pessoas e, além disso, os meus defeitos nem sequer prejudicam substancialmente as pessoas que me rodeiam, por isso talvez um dia eu faça por mudá-los, corrigindo-os para melhor... mas não agora!"

Constatação - Não é fácil mudar!
Parece uma contradição com o que acabei de dizer, mas a verdade é que eu acho mesmo que é difícil mudar verdadeiramente; seja porque se identificaram coisas que não nos agradam em nós próprios mas não se sabe como mudá-las, ou porque se tenta mas não se consegue abandonar velhos hábitos; seja porque não se consegue identificar ou ter a verdadeira noção de quais são os problemas; ou seja ainda por não se ter a noção de que, às vezes, há características nossas e maneiras de estar com os outros e encarar a vida que, não sendo problemas no imediato, exigem mudança, evolução, adaptação, porque mantendo-se imutáveis acabam por se tornar não só em problemas, mas em defeitos enraizados na maneira de ser apenas por força do hábito (características que as pessoas têm "porque sim" ou, muito redundantemente, "sou assim porque sou assim")

Consideração pessoal - Acho mau e triste não se mudar!
Não se pode forçar ninguém a mudar e talvez nem se possa ou deva sequer interferir na mudança de cada um porque é uma escolha individual! Mas acho que é uma pena que muita gente não mude por não sentir, ou negligenciar e menosprezar esse impulso de mudança que, quanto a mim é também um sinal de inteligência (será que daqui se podem tirar ilações acerca da inteligência de cada um, ou será que contemplar e meditar ou não sobre estas questões é mesmo só um traço de personalidade e eu estou a extrapolar demasiado, ou como se diz em bom português, a tirar nabos da púcara?)

Consideração pessoal - Acho ainda pior escolher não se mudar (seja por que razões for: comodismo, receio, teimosia, egoísmo, etc, etc, etc.

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Este post foi interrompido há mais de um mês e nunca mais me dei ao trabalho de o concluir... aliás, negligenciei o meu blog durante um mês, e por isso nem me lembrei do post! Lembro-me de, na altura, ter mais coisas a dizer sobre o assunto, mas é evidente que já não faço ideia do que fosse, nem me apetece voltar a pensar nisso! O que está dito é o que eu penso, e o que não escrevi, para a quem este post é destinado (sim, acho que és a única pessoa que está à espera da publicação deste post!!!), não precisa de ser escrito!

tot volgende keer!

domingo, janeiro 22, 2006

Presidenciais - II

*suspiro*

2745491... repito para dar mais ênfase: DOIS MILHÕES, Setecentos e quarenta e cinco mil, quatrocentas e noventa e uma almas, acharam que Cavaco Silva era a melhor alternativa para presidente de Portugal...

*suspiro*

Ainda não estou preparado para fazer mais declarações sobre o assunto... mas o meu silêncio é fácil de ler e as minhas opiniões sobre o mesmo estão facilmente subentendidas!

Presidenciais - I

Para mais tarde uma reflexão mais séria!
Uma vez que estou um pouco abalado começo por um fait-divers que é, também, um piscar de olho à minha amiga Ana:

Se nestas eleições, à semelhança do que acontece nas legislativas, os votos brancos e nulos entrassem nas "contas" finais, Cavaco Silva, em vez de 50,6% dos votos, teria obtido 49,6% e, consequentemente, NÃO teria sido eleito à primeira volta! (cometo um lapso propositado, mas às vezes têm de se adaptar os números às nossas expectativas, mesmo distorcendo-os ligeiramente para servir os nossos propósitos, quando eles não são o que estavamos à espera. É que, apesar dos votos brancos e nulos entrarem para as contas das outras eleições que não as presidenciais, evidentemente NÃO são contados na atribuição dos mandatos, apenas são contadas as suas percentagens... logo a situação é semelhante às eleições presidenciais, uma vez que um voto branco ou nulo não elege ninguém - nem sequer um presidente "branco" ou "nulo".
Ainda assim, aqui ficam os resultados do OMO - 1,06% correspondentes a 58700 e picos (estão 3 freguesias por apurar) e dos nulos 0,79%, 43329 votos... a brincar a brincar ainda são mais de 100000 pessoas!!)
tijay

sábado, janeiro 21, 2006

No meio de nada

A minha vida está aqui... está cada vez mais aqui; inapelavelmente, progressivamente e sem eu dar conta foi-se mudando para cá!
E no entanto está lá também, uma parte importante dela, pelo menos!
Cá está quase tudo e, no entanto parece que faltam algumas coisas bastante importantes, fundamentais, diria mesmo! O lá parece que se constroi cada vez mais em oposição ao cá (parece que quanto mais tempo se passa mais se vão tornando mutuamente exclusivos) - mais ou menos pelo mesmo processo através do qual se constrói a identidade por oposição ao "outro".
Acontece que, ao contrário da questão da formação da identidade, na questão da formação deste "espaço virtual" que sou eu, esse cá e lá que se excluem são ambos "eu"... não são "eu" vs. o "outro", o que se me configura como um problema!
Quando cá estou faltam-me as coisas de lá, embora a um nível muito subconsciente, porque me sinto muito bem e enquadrado cá - se não enquadrado com o que me rodeia, pelo menos comigo mesmo e com os que me são próximos, ou com um pedaço de mim que criei independentemente do que está à volta. Mas, simultaneamente, quando lá estou, as coisas que cá criei não podem nem de longe nem de perto ser recriadas e tenho de me reinventar demasiado, quase por completo.
Começo a sentir que se calhar não estou nem cá nem lá, estou algures... no meio de nada!

segunda-feira, janeiro 09, 2006

Hemophiliac 50-6

O caos tem regras... uma certa consonância, uma certa inevitabilidade, que me ultrapassa e me reduz a uma insignificância que já sabia ter! O caos sonoro tem um poder que move mesmo os menos fluentes na linguagem peculiar em que se expressa! Para aqueles que dominam um tipo de linguagem sonora (seja ele qual for), o caos sonoro, mediado pela criatividade infinita e que brota em jorros incontroláveis do artista, tem uma força e um poder que são sublimes, assim a mente os saiba utilizar e canalizar na direcção certa, direcção essa em que caos, som, poder, força, se tornam inapelavelmente em energia vital, em energia criadora, em absoluto!!
A criação artística está cheia de regras, a inspiração não! A divagação é um dos expoentes do caos! O caos pode ser sonoro, mental, pictórico, aquilo que se quiser e para o qual cada indivíduo tenha mais inclinação! Eu devo confessar que sou um adepto do som e dos devaneios da mente, mas se os sinto com esta intensidade consigo conceber que ele - o caos - se manifeste sob inúmeras formas, INFINITAS, consoante os sujeitos que o percepcionem e o sublimem! Faço uma apologia do caos inesperada! Inesperada porque o ponto de partida e de chegada deste devaneio são tão díspares como o som que o originou, os percursos sinuosos da mente que o amplificaram, ou a própria existência artística que o justifica e comprova!
Ainda assim; e com pouca vergonha ou complexos perante a evidente falta de nexo e fio condutor... ou talvez precisamente pela beleza que nestes dois pontos encontro; faço, uma vez mais, com energias renovadas e um frémito sensorial a percorrer-me a alma...
o Elogio do Caos!
Caos
Caos
Caos