quinta-feira, novembro 24, 2005

Sonetos e sotenoS - I

Dois-me mais aqui onde não te vejo,
fico num estado de melancolia,
faz-me falta essa tua energia,
o teu calor, conforto e o teu beijo.

Ensinas-me a saudade dia-a-dia,
enquanto não te tenho e te desejo.
Aqui não há colinas nem há Tejo,
não há deslumbramento nem magia,

não há nem miradouros nem calçadas,
não há nada com o mesmo sabor,
todas as coisas são acinzentadas.

Amar, onde eu nasci, tem outra cor,
é azul e tem telhas encarnadas
e se não veio de lá não é amor.

Sonetos e sotenoS - II

Quero pintar palavras com pincel,
ou descrever pintura num papel,
poder ser por um dia genial.

Contar histórias com uma melodia,
transformar essa Música em poesia
e descobrir aquilo que me inspira.

Mas tenho medo de ser só banal,
de não ser nada mais que uma mentira,
ser só alguém por quem ninguém suspira,
ou pior: ser simplesmente normal!

Sonetos e sotenoS - III - Gastronomia musical

Não sei se é um soneto ou uma sonata,
é-me igual, sou muito pouco exigente.
Por mim podia ser uma batata,
era-me mais ou menos indiferente.

Adagio, Allegro, Andante, tanto faz,
não tenho autonomia musical.
Bacalhau cozido, frito ou à bráz,
se for bem temperado, é-me igual!

Parece brincadeira mas é sério;
aquilo que me vem parar à boca
é para mim quase sempre um mistério.

E Música; Romântica ou Barroca,
é uma escolha quase sem critério,
pois personalidade tenho pouca.

Sonetos e sotenoS - IV - Rifão (quase) quotidiano

Não há duas sem três, já diz o povo
e eu acrescento um provérbio novo:
"quem fez três também pode fazer quatro"

Assim faço sonetos à pressão,
agora é só carregar no botão
e sai-me esta métrica ao desbarato

Sonetos sem conteúdo e sem sentido,
sobre tudo, mas sobretudo nada,
'inda por cima com a forma errada;
é um soneto, sim, mas invertido!

Som

Uma roda rodava pela rua,
redonda, rodopiava no asfalto.
As folhas afastavam-se, num susto,
à espera de serem esmagadas.

O céu cinzento sussurrava
ameaças de chuva sazonais
e os pássaros piavam, perdidos,
pelas portas dos prédios sempre iguais.

Um dia de Dezembro desinteressante,
de dor, de dormência e de tédio,
esperando, esquecido nesta estupidificação,
um estado de espírito que me desperte.

Conquanto continue a querer ficar aqui,
questiono-me constantemente
sobre o porquê desse querer,

tudo é tão triste, tétrico até,
totalmente contrário a tantas espectativas
que durante tanto tempo fui criando...

O céu é cinzento e chove sempre;
a comida cinzenta e sempre sem sabor,
e na rua a roda roda, roda...
as folhas afastam-se, fogem...
os pássaros piam...
Dormente, durmo, cá dentro
e deixo a dor lá fora quando desço
os cortinados sobre as janelas


A Haia - 7/VI/MMV

terça-feira, novembro 22, 2005

hard work, life, the universe and everything!

Problems are meant to be overcomed!
Limits are made to be pushed!
Rules are meant to be broken!

Keeping the head above the water line!
Easyer said than done...

-//-

Os problemas existem para serem resolvidos!
Os limites existem para serem ultrapassados!
As regras existem para serem quebradas!


Tantos pensamentos e posts em potência na minha cabeça, e tão pouco tempo para os fazer existir.
É a minha eterna angústia e batalha interminável contra Kronos!

quinta-feira, novembro 10, 2005

No Problem

I was competing in the 2nd-freestyle-transatlantic-cross over on my ultra sonic jetmachine... after 2 days and 4 hours I was right behind an American powerboard-rider... He tried to attack me. But I got my machine ready to dive and fly... when he nearly hit me with 90 miles an hour I dived down and immediately launched myself skyhigh. I JUMPED 120 YARDS AHEAD OF HIM... that day I was the winner and I have this picture to prove it!

That's what you get when you have no problem - everything seems so special just for no reason and in a way you don't recognize the day after!

Truth or dare?

Do I dare or do I stick with the truth?

I guess I'll go for the easy solution... I love it anyway!

THC

Telegráfico

Mais uma adenda para a colecção de posts telegráficos:
Fado, Futebol e Fátima?
Nááááááá
Flauta, Fagote e... Fado!!!
Viva a emigração, viva Portugal e viva ao ecletismo!
E já agora, parafraseando alguém com bastante bom senso:
Manuel (por favor) Alegre-nos!
Doei

quinta-feira, novembro 03, 2005

Blogs

Quando a minha mãe (vou repetir: A MINHA MÃE!) me comunica que vai criar um blog, tenho de acreditar que este em que escrevo está a ter mais efeitos e mais estranhos do que estava à espera quando o criei!
Way to go mum!!
Aguardo ansiosamente!
Beijinhos pra Portugal