As "feridas psicológicas" saram da mesma forma que as físicas. Umas demoram mais, outras menos, mas todas ficam melhor com o tempo! Às vezes temos de as proteger do contacto com tudo o que possa ser agressivo, outras vezes convém deixarmo-las ao ar ou tomarmos um banho no mar e esperar que o sal ajude a curar!
Nem sempre o que arde ou o que doi cura, mas às vezes esse adágio popular é mesmo verdade. Não escondas essa dor, aceita-a se ela não for lancinante, e em breve ela passará!
Às vezes as feridas psicológicas deixam cicatrizes, outras vezes não! Uma ferida física, bem tratada, com atenção, até carinho (por estranho que seja tratar com carinho algo que doi), se não for muito profunda, não deixa marcas... mas mesmo que deixe, nem sempre essas marcas são más. Essas pequenas cicatrizes são pedaços de nós, lembranças de qualquer coisa.
Passa-se a mesma coisa com as feridas da alma... às vezes já nem nos lembramos delas quando deixam de doer, outras vezes a marca fica lá para nos recordar daquilo que nos aleija... e nem sempre isso é mau. Se a alma conseguir encontrar outras coisas com que se entreter, se não guardarmos rancores de nenhum tipo, se tivermos uma atitude de calma contemplação perante o nosso próprio passado, estas cicatrizes até podem suscitar tanta nostalgia como as recordações das melhores coisas por que passámos!
Abraço a toda a gente (D'A Haia, num dia em que o autor se encontrou tomado de estranhas menencolias)
P.s. - já vi um grande amigo afastar-se, outro menos grande... enfim... sei exactamente do que estou e estás a falar!
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2 comentários:
ai, ai, ai, ai,ai.... e não é só quem tu estás a pensar...
menencolias = melancolias... ou pelo menos é uma forma em português arcaico de escrever/dizer a mesma palavra... não, eu não percebo nada de português arcaico, mas aconselho-te a ler "A lenda de Martim Regos"... o personagem tem muitos momentos menencólicos!
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