terça-feira, março 16, 2010

Felicidade

Queria reservar-me o direito a ser feliz...
...não, não é de novo isto desta vez...
Reservo-me sim o direito a ser feliz
e sou, quase sempre, feliz à força
de o ser, de o repetir até à exaustão.
Assim, de nada, como um impulso
planeado, na espontaneidade oca,
feliz de fé, só, sem razão
aparente. Crença, desejo, religião
sem Deus, da vida, da teimosia,
feliz sem causa, sem motivo
(enfim, às vezes sim, outras vezes não).
Assim só, feliz, vivo,
à espera sem espera de um novo dia
feliz

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